O objetivo da fase do projeto é avaliar o efeito do tratamento com ácido tânico comercial na degradabilidade ruminal de amido de cevada.

As concentrações de ácido tânico utilizadas serão de 0, 2.5, 5.0 e 7.5 e 10.0 g por 100 g de matéria seca. Para isso, a cevada será moída até passar através de uma peneira de malha de 3 mm e será tratada com 10% (peso / volume) de uma solução aquosa para obter as concentrações de ácido tânico indicadas (TA; Alfa Aesar, Karlsruhe, Alemanha) durante 20 minutos. Depois disso, o cereal irá ser seco num forno de ar forçado a 45˚C.

Para a determinação do desaparecimento do cereal no rumen serão utilizados quatro carneiros canulados.

Os animais serão alimentados ao nível de manutenção com feno de luzerna e concentrado. Amostras de cevada e cevada tratada com os diferentes níveis de ácido tânico serão pesados ​​em duplicado em sacos de nylon (50 mm x 100 mm; ANKOM Tecnologia, Espanha) fabricados a partir de poliéster isento de azoto com um tamanho de poro de 50 µm de diâmetro.

Os sacos serão colocados em duplicado no rúmen dos carneiros canulados antes da alimentação da manhã ou da tarde e serão incubados durante 2, 4, 6, 8, 16, 24 e 48 h.

Após a incubação, os sacos serão lavados em água fria corrente e serão secos a 60 °C numa estufa de ar forçado até atingir peso constante.

As perdas no tempo zero perdas serão estimadas por lavagem nas mesmas condições, mas sem incubação.

Os valores de desaparecimento da matéria seca e do amido serão determinados com recurso ao modelo de Ørskov e McDonald, p = a + b (1-e^-ct), como foi descrito por Dentinho et al. (2007), onde a representa a fração rapidamente degradável, b representa a fração lentamente degradável e c a taxa de degradação de b. A equação P = a + [b*c/(c+k)] será utilizada para estimar a degradabilidade efetiva (P), onde k representa a taxa de passagem ruminal.

Os resultados desta fase permitirão avaliar a eficácia e a extensão do tratamento de cevada com o ácido tânico na redução esperada da degradabilidade do amido no rúmen e também a digestibilidade no intestino do resíduo da digestão ruminal. Os resultados obtidos serão utilizados para estabelecer um dos tratamentos experimentais utilizados no ensaio in vivo (Fase 2) e no ensaio de produção com borregos em crescimento (Fase 3).

Membros da equipa envolvidos nesta fase:

• INIAV - Alexandra Francisco; Maria Teresa Dentinho ; Olga Moreira;  José Santos Silva
• FMV - Rui Bessa (colaboração)