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2 janeiro 2018

 

Foi concluido o segundo ensaio produtivo com borregos Merino Branco, estando apurados os resultados relativos às performances de crescimento, qualidade das carcaças e alguns parametros físicos e químicos da qualidade da carne.

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O objetivo principal deste ensaio foi avaliar o impacto da substituição dos cereais presentes na dieta dos borregos, por fontes alimentares ricas em energia mas com baixo teor em amido.

Consideraram-se os seguintes tratamentos:

  • 100% de cereais; 65% de cereais e 35% de outras fontes alimentares;
  • 35% de cereais e 65% de outras fontes alimentares;
  • 100% de outras fontes alimentares.

A substituição dos cereais nas dietas resultou numa diminuição da ingestão média e do ganho médio diários de peso. De acordo com estes parâmetros, o grau de substitução deverá ser o menor possível, para não comprometer os resultados produtivos. 

O objetivo da manipulação das dietas foi manter o shift t10 controlado, ou seja que a gordura presente na carne apresente uma relação entre os ácidos c18:1t10 e c18:1t11 inferior a 1.

De acordo com a conclusão do ensaio anterior, a proporção de forragem nas dietas foi de 40 %, o que por si só terá permitido reduzir o risco de ocorrência do shift t10 e contribuido para que os valores do shift t10 encontrados neste ensaio tenham sido de um modo geral baixos.

Os resultados demonstram que a substituição dos cereais por fonte energéticas de baixo teor em amido se traduziu numa redução do shift t10.  Apesar disso, nos grupos 35% e 0% surgiram 2 casos em que os valores estiveram acima do valor de referência,  o que evidencia a forte variação individual na capacidade de resistência à modificação do padrão da bioidrogenação.

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Neste ensaio foi também considerado o efeito do tamanho da partícula da forragem nas características produtivas e na qualidade da carne dos borregos em ensaio. 

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Em todas as dietas utilizadas neste ensaio a forragem constituiu  40% da matéria seca. A forragem usada foi a luzerna, que foi oferecida moída (<3 mm) ou partida (<10 cm). A moenda da luzerna permitiu obter um aumento de 12% na taxa de ingestão voluntária e um aumento de 7% na taxa de crescimento.

 

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As dietas em que a forragem foi oferecida partida, permitiram melhores resultados no que se refere ao shift t10.

Nestes grupos todas as carnes apresentaram valores inferiores a 1.

Com a forragem moída, 26% das carnes apresentaram uma situação de shift t10 moderado.

Este ensaio permite-nos concluir que com dietas com 40% de forragem de boa qualidade (luzerna) a substituição de 35% dos cereais presentes na dieta por outras matérias-primas com baixo teor em amido, permite manter o shift t10 controlado, com um pequeno impacto na produtividade dos borregos.

A apresentação da forragem na forma cortada melhorou a atividade ruminal mas reduziu-se a performance produtiva.