Diagnóstico qualitativo e quantitativo das espécies parasitárias nas explorações

Tarefa 2

Os ovinos podem estar infetados com várias espécies de nemátodes, céstodes e tremátodes. Estes parasitas infetam diferentes órgãos e tecidos. Os mais patogénicos e disseminados na Europa incluem os parasitas gastrointestinais Haemonchus contortus e Teladorsagia circumcincta, o parasita pulmonar Dictyocaulus filaria e o parasita hepático Fasciola hepatica. O diagnóstico dos parasitas internos em amostras fecais baseia-se em diferentes métodos coprológicos, que detetam fases específicas do ciclo de vida destes parasitas. A contagem de ovos nas fezes (FEC-Fecal Egg count) é o método mais comum utilizado para medir a resistência/suscetibilidade aos parasitas internos em ovinos. Animais com FEC mais baixos são considerados mais resistentes e há evidências que comprovam que esta característica é hereditária.

Esta tarefa englobará técnicas parasitológicas padronizados, assim como métodos serológicos e moleculares, quando aplicável, para identificar as diferentes espécies de parasitas envolvidas e quantificar os níveis de infeção.

Os diferentes métodos compreenderão: 1) a técnica de Baermann para deteção de larvas pulmonares; 2) técnicas de sedimentação e serológicas utilizando testes ELISA comerciais para o diagnóstico de Fasciola hepatica; e 3) técnicas de flutuação utilizando o aparelho Mini-Flotac® para diagnóstico e contagem de ovos de helmintas.

A FEC será utilizada como um marcador fenotípico de resistência. Além disso, as amostras fecais serão utilizadas em coproculturas, que permitirão a recuperação e identificação morfológica de larvas de terceiro estádio (L3). Os ovos e larvas de nemátodes gastrointestinais serão purificados e submetidos a extração de DNA para confirmação das espécies por PCR utilizando primers conhecidos. As análises parasitológicas, serológicas e moleculares serão realizadas no laboratório de parasitologia do INIAV.

Instituições envolvidas e membros da equipa nesta tarefa:

Resultados esperados:

• Identificação de parasitas que infetam os diferentes compartimentos do organismo dos ovinos.
• Hierarquização dos animais em função dos resultados obtidos para a FEC (marcador fenotípico de resistência).
• Obtenção de DNA de larvas/ovos de parasitas para determinação da resistência anti-helmíntica por pirosequenciação nas tarefas subsequentes.

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