Strongyloides

Os nemátodes do género Strongyloides pertencem à ordem Rhabditida. Os parasitas adultos são encontrados na mucosa do intestino delgado e caracterizam-se pela presença de um esófago rabditiforme. Os ovos de Strongyloides papillosus, a espécie comummente encontrada em ruminantes, são pequenos (47-65 µm comprimento por 25-26 µm largura), de casa fina, têm os polos achatados e contêm uma larva L1 quando eliminados para o exterior. Estes parasitas possuem um ciclo de vida livre e parasitário. No ciclo de vida parasitário, as larvas infetantes L3 presentes no solo ou nas camas dos animais penetram a pele ou a mucosa oral do hospedeiro e migram para o duodeno, onde amadurecem para fêmeas adultas partenogénicas, produtoras de ovos.

No ciclo de vida livre, as larvas L3 desenvolvem-se para adultos machos e fêmeas no exterior, que se reproduzem sexuadamente resultando na produção de ovos e consequente desenvolvimento de larvas L3 infetantes. As condições de temperaturas e humidade elevadas aceleram o desenvolvimento dos ovos no solo, dando origem a larvas infetantes em apenas 28 horas, promovendo assim a infeção contínua. Os borregos também podem infetar-se através do leite ou colostro por reativação das larvas L3 enquistadas nos tecidos das mães após o parto. As infeções nos ovinos são normalmente moderadas e assintomáticas, ocorrendo a doença apenas em infeções maciças e habitualmente em animais recém-nascidos infetados por via transmamária.

Os sinais clínicos incluem diarreia (frequentemente acompanhada de sangue e muco), desidratação, anorexia, apatia e anemia ligeira a moderada.

O diagrama de caixa (box-plot) apresenta os resultados obtidos nos ovinos da raça Merina Branca e Merina Preta. A linha horizontal que divide a caixa indica o valor mediano de ovos por grama de fezes (OPG) observado, a linha inferior o valor mínimo e a superior o valor máximo. Os valores atípicos (outliers) são representados por um círculo.