Estrongilídeos gastrointestinais (EGI)

Ovos Estrongilídeos gastrointestinais (EGI)

A denominação estrongilídeos gastrointestinais, abreviadamente EGI, engloba os parasitas gastrointestinais da ordem Strongylida, cujos ovos são microscopicamente indistinguíveis. Os parasitas adultos vivem no intestino dos hospedeiros onde se reproduzem sexuadamente. Os ovos eliminados pelas fêmeas eclodem no exterior e desenvolvem-se para larvas infetantes L3 nas fezes. Estas deslocam-se ativamente para o pasto circundante e são ingeridas pelos animais, completando o ciclo. O desenvolvimento e sobrevivência das larvas nas pastagens dependem de condições de temperatura e humidade adequadas, que podem variar em função da espécie.

A probabilidade de um ovo de estrongilídeo se desenvolver para um adulto sexualmente maturo é apenas de uma em milhares, sendo este facto compensado pela produção de um enorme número de ovos. As fêmeas de Haemonchus spp. são as mais prolíficas, seguidas de Oesophagostomum spp., Chabertia spp., Bunostomum spp., Teladorsagia spp., Cooperia spp., Trichostrongylus spp., e Nematodirus spp.

Os principais sinais clínicos associados a estes parasitas incluem anorexia, diarreia persistente e perda de peso. A atrofia das vilosidades intestinais compromete a digestão, resultando em má absorção e perda de proteínas através da mucosa danificada. A resistência do hospedeiro é influenciada por diversos fatores, incluindo a idade, o estado geral, a genética, a presença de infeções concomitantes, bem como o grau de imunidade adquirida a estes parasitas. A profilaxia e o controlo destas parasitoses devem contemplar um conjunto de ações que combinem os tratamentos anti-helmínticos estratégicos com práticas de maneio que limitem os riscos de infeção.

 

DISTRIBUIÇÃO POR FREGUESIA DOS RESULTADOS DE PESQUISA DE OVOS DE ESTRONGILÍDEOS GASTROINTESTINAIS.
A barra azul representa a percentagem de amostras de fezes positivas para a presença de ovos e a laranja a de negativas.

 

O diagrama de caixa (box-plot) apresenta os resultados obtidos nos ovinos da raça Merina Branca e Merina Preta. A linha horizontal que divide a caixa indica o valor mediano de ovos por grama de fezes (OPG) observado, a linha inferior o valor mínimo e a superior o valor máximo. Os valores atípicos (outliers) são representados por um círculo.