Moniezia spp. é um céstode encontrado frequentemente no intestino delgado dos ovinos.
Os parasitas adultos podem atingir até 2 m de comprimento por 1,6 cm de largura. Duas espécies, Moniezia expansa e Moniezia benedeni, ocorrem no intestino delgado dos ruminantes, sendo que a primeira parasita preferencialmente os ovinos, e a segunda, os bovinos.
Os ovos, eliminados nas fezes têm formato variável e podem parecer, grosseiramente, quadrangulares, triangulares ou arredondados. No ambiente, os ovos são ingeridos pelos hospedeiros intermediários, ácaros oribatídeos, que habitam as pastagens. Nos tecidos do ácaro forma-se a larva cisticercoide, que é a forma infetante para o hospedeiro definitivo. Os ruminantes infetam-se ao ingerir os ácaros juntamente com o pasto.
As infeções por Moniezia são no geral benignas nos animais adultos e não causam sinais clínicos. No entanto, competem com o hospedeiro pelos nutrientes e a sua presença pode afetar negativamente a produtividade. Os borregos são mais suscetíveis e as infeções maciças podem causar diarreia, diminuição do ganho médio diário e obstrução intestinal.
A barra azul representa a percentagem de amostras de fezes positivas para a presença de ovos e a laranja a de negativas.
O diagrama de caixa (box-plot) apresenta os resultados obtidos nos ovinos da raça Merina Branca e Merina Preta. A linha horizontal que divide a caixa indica o valor mediano de ovos por grama de fezes (OPG) observado, a linha inferior o valor mínimo e a superior o valor máximo. Os valores atípicos (outliers) são representados por um círculo.