A manipulação da dieta é a abordagem mais promissora para reduzir as emissões de CH4 pelos ruminantes. O aumento da digestibilidade da forragem ou o uso de aditivos como probióticos, lípidos, ácidos orgânicos, enzimas e compostos secundários de plantas como as abordagens nutricionais mais relevantes para mitigação das emissões de CH4 pelos ruminantes.

Em 2014, um grupo de investigação da Austrália relatou o alto potencial de macroalgas para a mitigação das emissões de CH4. O bromofórmio e o dibromoclorometano, dois compostos secundários halogenados da alga vermelha Asparagopsis taxiformis (A. taxiformis), foram os compostos associados à metanogénese, com níveis de redução que podem atingir 98 %.

A liofilização das algas é uma maneira eficiente de impedir a volatilização dos compostos halogenados voláteis de A. taxiformis. Contudo, é um processo que consome muita energia, com elevados custos ambientais e económicos, fazendo com que o uso de A. taxiformis como suplementos não seja viável em condições comerciais. Em alternativa foi proposta a imersão das algas em óleos vegetais, como uma forma eficaz de recuperar o bromofórmio a baixo custo.

Os objetivos desta ação 3.1 do projeto GEEBovMit são as seguintes:

1. Estudar a estabilidade do bromofórmio em óleo de girassol ao longo de um período de conservação de 12 meses;
2. Estudar a eficácia da inclusão do óleo rico em bromofórmio na redução das emissões de metano em modelos in vitro;
3. Estudar a eficácia da inclusão do óleo rico em bromofórmio na redução das emissões de metano em ovinos e bovinos em acabamento e avaliar os impactos nas performances de crescimento, no bem-estar e saúde dos animais, no metabolismo ruminal e emissões de metano e na qualidade e toxicologia da carne.