Embora a economia rural das regiões montanhosas do Norte de Portugal se baseie na cultura do castanheiro para a produção de castanha, a atual área e a produtividade por hectare dos soutos portugueses representam menos da metade do potencial do país, devido principalmente à podridão radicular, também conhecida como doença da tinta, causada por Phytophthora cinnamomi, a principal ameaça dos soutos de castanheiro em Portugal e Europa. De forma a compreender a causa da resistência natural, que algumas espécies do género Castanea possuem, nomeadamente o castanheiro

asiático, C crenata, e começar a desenvolver estratégias de mitigação genética, foi implementado um programa de melhoramento genético para a resistência a P. cinnamomi em 2006, pela equipa desta proposta, existindo disponível uma população segregante com 150 descendências. O objetivo agora é desenvolver marcadores moleculares ligados a genes de resistência, para acelerar a seleção de novos genótipos, com resistência melhorada a P. cinnamomi e com diversidade genética para adaptação a diferentes cenários climáticos do sudoeste da Europa, para lançamento nos mercados nacionais e internacionais, uma vez que a Europa apresenta um elevado défice de material vegetal melhorado para os porta-enxertos. Os porta-enxertos que são comercializados atualmente são originários dos programas de melhoramento dos anos sessenta do século XX, com fraca adaptação aos cenários climáticos atuais.